sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Flamengo- uma lista de problemas

Thiago Neves e Edson Silva - Flamengo X Figueirense (Alexandre Loureiro/VIPCOMM)
Alexandre Loureiro/VIPCOMM
Ficou barato. É isso que dá para dizer do empate do Flamengo diante do Figueirense. O time de Vanderlei Luxemburgo foi controlado durante toda a partida por um adversário melhor organizado em campo e escancarou vários problemas que aparecem há algum tempo na Gávea.

Falta compactação

A distância entre os setores no Flamengo é algo impressionante. Falta aproximação entre os jogadores rubro-negros, algo que tem reflexo imediato na organização de qualquer jogada ofensiva, além de fragilizar o setor defensivo.

Por vezes, era possível ver clarões no campo sem a presença de jogadores rubro-negros, enquanto o Figueirense trabalhava a bola sem incomodação. Trabalhar com toda a equipe em um espaço curto de campo é algo primordial no futebol moderno. O Flamengo mostra que não sabe fazer isso.

Dependendo das estrelas

Uma coisa influi na outra. O Flamengo que distancia um setor do outro, faz com que o jogador que tem a bola não tenha opção clara de um passe curto. O resultado é que o jogo coletivo torna-se impossível e a equipe depende de suas estrelas para criar algo de produtivo.
"A vaia da torcida é normal. Eu, particularmente, estava em uma daquelas noites em que tudo deu errado".
- Ronaldinho, na saída de campo

A reação do torcedor em relação a esse problema é clara. As vaias a Ronaldinho mostram o quanto o Flamengo precisa que o camisa 10 brilhe para que o time vença. Se R10 e Thiago Neves estão mal, o time rubro-negro não tem tramas coletivas eficientes o suficiente para buscar os resultados positivos.

A influência das arquibancadas

Aconteceu algumas vezes neste Brasileirão e voltou a acontecer contra o Figueirense. O torcedor flamenguista não se engana com a atuação da equipe e passa a jogar contra o time, vaiando e pressionando seus próprios jogadores.

Com isso, o clima no Engenhão fica insuportável para o jogador rubro-negro. Ele tem a certeza que um erro não será perdoado e passa a ter medo de arriscar. Em uma equipe que, como dissemos, não tem jogadas coletivas e depende de grandes jogadas individuais, nada pior do que um torcedor que vaia toda a vez que alguém é desarmado.
Os erros de Vanderlei

A queda de Vanderlei Luxemburgo é algo impressionante. Do treinador ousado e inventivo dos anos 90, tornou-se um comandante que não consegue organizar sua equipe após toda uma temporada e ainda mostra uma certa covardia em algumas situações.

O episódio da entrada de Jael é um bom exemplo. Vanderlei havia chamado Fierro para entrar, o que poderia ser uma boa alternativa porque o Flamengo perdia completamente o meio-campo naquele momento. Só que a torcida vaiou a opção do treinador. Luxemburgo então desistiu da substituição e acabou colocando Jael no lugar de Deivid, uma modificação sem qualquer resultado tático para a equipe

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