domingo, 11 de dezembro de 2011

neto odiado

No último dia 19, o Blog do Cosme Rimoli (http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli) lançou uma provocação aos leitores: que narrador ou comentarista você mais odeia na TV aberta? Ainda não há uma contagem fechada, mas quem lê os comentários percebe que Neto se sobressai.


Nada mais justo. O sujeito é aquilo que podemos chamar de mala sem alça feita de papelão, carregada de pedra em dia de chuva. Seu currículo de bobagens e encrencas é vasto, passando por críticas desnecessárias à jogadores (disse que Cafu nunca jogou nada, para depois cumprimentá-lo como se nada tivesse dito), um passa-moleque em rede nacional (dado por Marcos, procure o vídeo no You Tube), e o vergonhoso episódio de pedir a cabeça de um companheiro de emissora (Benjamin Back, outro mala) à direção da Bandeirantes.

Neto é o típico comentarista que fala sem pensar, grita ao microfone como se todos à volta tivessem tímpanos ultrarresistentes, escorrega no vernáculo com freqüência (e se orgulha disso), interrompe a fala alheia constantemente, como se somente ele tivesse o dom da dizer a verdade, faz previsões absurdas, briga com a imagem que lhe desmente, e ainda é medroso. Em 2007, veio à tona o caso em que Emerson Leão o chamou para a briga no vestiário do Palmeiras (nos anos 80) e o atual comentarista se borrou de medo.

Se companheiro no caso a ser relatado a seguir é José Luiz Datena, excelente repórter de campo, narrador bom (bom com b minúsculo), e apresentador histérico de programas policiais. Datena é um daqueles boquirrotos que pensam ser justiceiros, mas que prezam pela falta de educação: gritam, ameaçam, dizem que vão fazer e acontecer, mas na realidade, não passam de cachorrinhos assustados.

Vamos ao caso: Neto, Datena e Ronaldo se envolveram em uma discussão que passou pela TV e desembocou no twitter. O apresentador acusou Ronaldo de ser puxa-saco da Globo, o que não é de todo mentira. Ronaldo fez beicinho (ele age como uma criança mimada quando é criticado) e desancou a emissora, comparando-a com um nada. Neto, por sua vez, ameaçou dizer o que Ronaldo fez em uma certa noite em Presidente Prudente, de certo mais uma das milhares de noitadas do jogador.

O fato é que todos estão errados: Datena critica Ronaldo por preferir a Globo e as adocicadas perguntas de Mauro Naves, mas se esquece que Andrés Sanches, presidente do Corinthians e amigo pessoal de Neto, o repassa informações em primeira mão em troca de elogios pela emissora; Ronaldo, de fato, tem uma relação mútua de bajulação com a Globo, desde os anos 90; e Neto, fez o papel de chantagista, já que a tal noitada de Ronaldo ocorreu em 2009, e ele só ameaçou abrir a boca para chantagear o jogador.

Além do mais, o jornalismo esportivo da Band é patético, para dizer o mínimo: uma emissora onde trabalham Milton Neves, Renata Fan, Osmar de Oliveira e Luciano do Valle não merecer rótulo de qualidade. E tem merece lembrança o fato que a imprensa, por via de regra, odeia receber críticas.

Só para lembrar, Neto, que chamava Ronaldo de mascarado, só faltou beijar os pés do atacante gorducho quando ele lhe concedeu uma entrevista. Covardia ou falsidade?

Se Rimoli fizer a contabilidade dos votos, de certo Neto se elegeria “em primeiro turno”, deixando ícones odiados como Galvão Bueno no chinelo.

E que a Bandeirantes pare de usar o termo craque ao definir Neto: em seus (curtos) melhores momentos, ele foi no máximo, um excelente jogador, com lampejos de craque. Um exímio batedor de faltas, mas de péssima forma física e conduta duvidosa fora de campo. Portanto, alguém sem autoridade para falar da conduta alheia.

Se Neto e Datena forem tão valentes como dizem ser, que abram a boca, não somente para dizer quanto Ronaldo pesa, como o comentarista andou dizendo. Até porque ele próprio jogou gordo quase toda a carreira.

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