quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O que se aprende em 32 anos de vida

O que se aprende em 32 anos de vida?
Espera-se que algo de bom já se tenha acumulado e se possa ensinar em mais de três décadas de aprendizado e observação do mundo. E a questão é justamente esta: SE nos dispusermos a observar as pessoas e acontecimentos à nossa volta e SE não estivermos absortos pela rotina e pelo comodismo, podemos sim, aprender um bom-bocado e até, quem sabe, começar a transmitir um pouco deste aprendizado, enquanto seguimos apreendendo e aprendendo (adoro esta dupla de palavras!).
O que se aprende em 32 anos de vida?

Espera-se que algo de bom já se tenha acumulado e se possa ensinar em mais de três décadas de aprendizado e observação do mundo. E a questão é justamente esta: SE nos dispusermos a observar as pessoas e acontecimentos à nossa volta e SE não estivermos absortos pela rotina e pelo comodismo, podemos sim, aprender um bom-bocado e até, quem sabe, começar a transmitir um pouco deste aprendizado, enquanto seguimos apreendendo e aprendendo (adoro esta dupla de palavras!).

Enquanto planejo e replanejo os novos caminhos que minha vida deve percorrer – agora dividindo as decisões com a companheira da minha vida, a Carol – posso dizer que, aos 32 anos confirmei algo que já aprendi há algum tempo: um dos maiores bens que podemos ter sem dúvida nenhuma são os amigos e a família.

Quando temos uma família bem estruturada, é ela quem nos dá suporte e faz nossos sonhos acontecerem, muito antes do que conseguiríamos sozinhos. Tive uma prova cabal disso quando, no intuito de adquirir uma casa, minha família em peso me ajudou (financeiramente) a adquirir o referido bem, bastando como garantia apenas a minha palavra de que devolveria a quantia emprestada tão logo fosse possível.

Antes que alguém imagine que minha família é rica, posso afirmar com clareza: não se trata de nada disso: são pessoas que sempre trabalharam muito para conquistar o que têm e não existem sobras para desperdiçar ou gastar com grandes luxos. Por isso, valorizo cada centavo do empréstimo que me foi feito e tratarei de restitui-lo com gosto à medida em que for conseguindo juntar os tostões.

Os amigos, ah, estes também são umas relíquias. Quando sinceros, nos fazem sentir bem só por saber que existem. Se os filhos são a chama que ilumina nosso caminho por onde quer que sigamos, os amigos são o calor que precisamos nas noites frias. São eles que nos aquecem e confortam em momentos de temor e desesperança.

É com alguns destes amigos – os mais próximos fisicamente – com quem confraternizarei hoje meu aniversário no Duo Bistrô em Criciúma. Como sempre, meio “bicho-do-mato” que sou, não convidei todos que gostaria, tão somente os realmente mais próximos. Existem outros – amigos de sempre – que gostariam que estivessem presentes, mas a distância impede seu comparecimento. De todo modo, já os vi em meu casamento , há menos de 3 meses.

O que se aprende em 32 anos de vida? Ah, se aprende também a valorizar, cada vez mais, a pessoa que escolhemos para dormir e acordar conosco todos os dias. Se no início da vida o ímpeto juvenil nos leva a distribuir nosso foco e energia não em uma pessoa mas em vários instantes e instâncias, chega-se ao começo da maturidade sabendo que nossas energias devem ser concentradas em uma pessoa – aquela que realizará nosso sonho de imortalidade, nos ajudando a permanecer vivos na figura dos nossos filhos.

É bom saber e sentir que encontrei esta pessoa e que, quem sabe daqui a algum ano, este ímpeto agora bem direcionado possa se traduzir nos frutos deste amor.

Mas há também coisas que, por mais que já tenhamos aprendido, não conseguimos pôr em prática: uma delas é a promessa de reduzir o ritmo, para respeitar nosso organismo. Comer melhor, praticar mais atividades físicas, meditar, tocar, fotografar, ler e encontrar amigos para filosofar e ficar de papo para o ar, planejar formas de proteger a Natureza da exploração indiscriminada e, porque não, imaginar formas de tornar o mundo um lugar melhor para se viver.

Os 32 anos serão plenos de trabalho. Muitas conquistas, como sempre, sobrevirão. A certeza de que uma casa e uma vida um tantinho mais organizadas virá junto, eu tenho. Esta resolução já está no meu “caderno de apontamentos” para o novo ano que, para mim, começa hoje.

Reflexos serão sentidos aqui, pois as subseções Curtas da Saúde e Caldeirão de Sabores voltarão na próxima semana, logo depois as resenhas literárias e críticas cinematográficas e, um tantinho depois, as Fotos de Quinta, além na novíssima subseção “A Vida em Imagens”, com imagens pitorescas do Cotidiano que, aliada à subseção Cotidianices, perfazerão o lado “intimista” do site.

Tentei ficar sem este espaço, tentei reduzir meus escritos e meu hábito de blogar mas, sinceramente, não consigo. Preciso tanto disto aqui quanto um escritor de sua pena ou de sua máquina de escrever. Isso aprendi com 32 anos e, nos próximos 32 vezes 32 quero apreender muito mais.

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