quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Julgamento de padre acusado de estupro dura cinco horas

O primeiro dia de julgamento do padre Marco Túlio Simonini durou cerca de cinco horas. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável por ter molestado uma menina de 7 anos no Thermas de Londrina em novembro e, ainda, foi acusado de tentar abusar de outra criança que alertou a família. Treze testemunhas foram ouvidas nesta quarta-feira (11): seis de defesa e sete de acusação.

O padre chegou algemado ao local do julgamento. As crianças, supostamente vítimas do acusado, também compareceram ao Fórum. Durante a audiência, as duas ficaram em uma sala especial.

Segundo a tia de uma das meninas, Ilda da Silva Santos, o padre estava na piscina do clube quando começou a brincar com as crianças. Ela contou que eles não se conheciam. O padre teria saído da piscina por, de acordo com Ilda, estar excitado. "Ele ficava se esfregando na menina dentro da água", explicou em entrevista à rádio CBN Londrina.

A mãe de uma das meninas não presenciou a cena, mas disse que a criança ficou transtornada com a situação. A garota está passando por acompanhamento psicológico. "Ela não gosta nem de comentar. Chora bastante. Mas, se Deus quiser, a minha filha vai se esquecer de tudo isso." A outra vítima deixou o Fórum chorando muito e acompanhada da mãe. A mulher preferiu não conversar com a imprensa.

Já uma das testemunhas de defesa, Sueli Peres da Silva, disse que conhece o padre há cinco anos. Ela afirmou que Simonini sofre de depressão e que o ocorrido na piscina do clube não passou de uma brincadeira. "Ele ficou brincando de jogar a menina na água e ela gostava. O padre pegava na bundinha da criança para jogá-la na piscina, mas não passou disso. A gente também brincou, mas eu não posso citar os nomes das outras pessoas. Tem algumas que os maridos nem sabem que elas foram até o clube naquele dia", explicou.

O arcebispo emérito de Londrina, Dom Albano Cavalin, também foi ouvido na 6ª Vara Criminal. Ele limitou-se a dizer que o padre sofria, realmente, de problemas como a depressão.

A promotora Susana Lacerda afirmou que algumas testemunhas, apesar de convocadas, não compareceram à audiência desta quarta-feira e que, por isso, uma nova audiência foi marcada para a próxima terça (17). Um segurança, que teria presenciado a cena, deve prestar depoimento.

Marco Túlio Simonini deixou o prédio do Fórum escoltado pelos policiais. O advogado do padre, Walter Bittar, foi embora da 6ª Vara Criminal sem falar com a imprensa. O acusado está preso desde novembro do ano passado. (com informações da rádio CBN Londrina)

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